Leste Europeu no Inverno: Roteiro de duas semanas

Em fevereiro de 2025, embarcamos em uma aventura pelo Leste Europeu saindo de Curitiba. A viagem foi em trio: eu, meu marido e minha sogra.

Pegamos um voo da Latam para Guarulhos, depois seguimos para Roma, e de lá embarcamos num voo low cost da Wizz Air com destino à Cracóvia, nosso ponto de partida. O foco era o Leste Europeu, mas acabamos incluindo a Italia, visto que era mais barato ir para Roma do que comprar um voo convencional para a Polônia. Acabamos aproveitando para passear pela terra da pizza também.

Foram 14 dias intensos, cheios de experiências culturais, comidas típicas, paisagens congeladas e, claro, alguns perrengues para deixar tudo ainda mais inesquecível.

Basílica de Santa Maria localizada na praça da cidade velha de Cracóvia
Basílica de Santa Maria – Cracóvia

Dia 1 – Chegada em Cracóvia (Polônia)

Nosso voo chegou à noite, então só fizemos check-in e descansamos.

Dia 2 – Explorando Cracóvia

Começamos o dia conhecendo o centro histórico, a Praça do Mercado, a Basílica de Santa Maria, o Castelo de Wawel e outros pontos encantadores da cidade. Provamos o famoso pierogi, um pastelzinho cozido recheado, típico da Polônia.

Pierogi, prato típico da Polônia acompanhado de uma cerveja polonesa.
Pierogi, prato típico da Polônia

Dia 3 – Visita a Auschwitz

Fizemos o tour guiado por Auschwitz-Birkenau, reservado pelo GetYourGuide. Foi uma experiência forte e muito marcante, mas extremamente necessária.

Dia 4 – Rumo a Zakopane

Na manhã do dia seguinte, fizemos check-out e embarcamos com a FlixBus para Zakopane. A cidade é uma graça, aos pés das montanhas e um destino muito procurado por quem gosta de esquiar. Experimentamos o oscypek, um queijo defumado típico, vendido nas barraquinhas.

É uma cidade que vale a pena explorar por mais dias, há muitas atrações em especial para os aventureiros que gostam de trilhas e esqui. Como só tínhamos um dia, nos concentramos nas atrações principais como o Gubałówka e Rua Krupówki.

À noite, pegamos um ônibus noturno para Budapeste. Tivemos uma pequena surpresa nessa viagem, ela tinha uma escala próximo da meia noite numa cidadezinha da Polônia, o problema era que a estação de ônibus em que deveríamos aguardar o próximo ônibus estava fechada, escura e com um frio de -3°C. Ficamos para fora e sozinhos aguardando. Foi tenso, mas sobrevivemos!

Dias 5 e 6 – Budapeste (Hungria)

Chegamos em Budapeste às 6h30 da manhã, cansados e gripados (o frio intenso não nos poupou de um belo resfriado kkk). Havíamos pago uma diária extra em nosso Airbnb para poder entrar cedo, mas a chave não estava no cofre e ninguém atendia os telefones de emergência. Só conseguimos acesso quase às 10h da manhã – um belo perrengue. Depois de um cochilo para recarregar as energias, começamos a explorar a cidade.

Conhecemos o Parlamento, o Castelo de Buda, a Ponte das Correntes e o Bastião dos Pescadores. À noite, fizemos um cruzeiro pelo Danúbio – foi incrível ver Budapeste toda iluminada. Também provamos o tradicional goulash e o chimney cake, um pão doce em espiral coberto de açúcar e canela.

Ponte das Correntes - Budapeste
Ponte das Correntes – Budapeste

Dia 7 – Bratislava (Eslováquia)

Nosso destino do dia foi Bratislava, capital da Eslováquia. O plano era simples, pegar um ônibus em Budapeste e seguir rumo a mais um destino, mas cometemos um erro: fomos para a estação errada e perdemos o ônibus para Bratislava. Tivemos que comprar outra passagem.

Mas chegando na capital eslovaca, deu tudo certo. Perdemos um pouco de tempo (e dinheiro), mas tivemos tempo de conhecer os principais pontos turísticos, como o centro histórico, a famosa igreja azul, o Čumil, o castelo e outros pontos antes de seguir para Viena à noite.

Blue Church - Bratislava
Blue Church – Bratislava

Dias 8 e 9 – Viena (Áustria)

Chegamos em Viena tarde da noite e fomos direto descansar. A hospedagem era afastada do centro, pois os preços na cidade são bem altos, mas nos viramos bem com o metrô da cidade.

No segundo dia, compramos o bilhete 24h por 8 euros e saímos cedo para explorar. Visitamos o Palácio de Schönbrunn, a Catedral de Santo Estêvão, a Ópera e andamos bastante pelo centro. Viena é elegante, limpa e muito organizada.

Kaiserschmarrn - doce típico austríaco
Kaiserschmarrn – doce típico austríaco

Dias 10 e 11 – Praga (República Tcheca)

Seguimos de trem para Praga e chegamos na hora do almoço. De cara, nos apaixonamos pela cidade. Começamos a explorar no mesmo dia e continuamos no seguinte.

Visitamos a Ponte Carlos, o Castelo de Praga, o Relógio Astronômico e outras atrações. Mesmo com os termômetros marcando -11°C, foi uma cidade que nos encantou.

Havia nevado dias antes, então ainda conseguimos ver um pouco da neve nas ruas.

Praça da cidade velha de Praga - República Tcheca. Com vista para o relógio astronômico.
Praça da Cidade Velha de Praga

Dias 12 e 13 – Roma (Itália)

Deixamos o frio para trás e voltamos para Roma. No primeiro dia, passeamos pelo Coliseu, Fontana di Trevi e Pantheon. Já no segundo dia, fomos cedo ao Vaticano de metrô e aproveitamos para andar pelos arredores, tirar fotos e curtir esse final mais ameno depois de tantos dias congelantes.

Casal em frente ao Coliseu em Roma
Coliseu – Roma

Dia 14 – Hora de voltar

Nosso último dia foi de despedida e retorno ao Brasil, encerrando uma viagem intensa, cheia de experiências culturais, sabores diferentes e momentos que vamos lembrar para sempre.

Dicas Extras

  • Transporte: usamos FlixBus na maioria dos trajetos e trem entre Viena e Praga. O transporte público é eficiente e barato.

  • Voos low cost: voamos com a Wizz Air entre Roma e Cracóvia, e também de Praga para Roma. Atenção às regras de bagagem! Eles são bem rígidos quanto ao tamanho, e caso ultrapasse as medidas a multa pode ser pesada.

  • Inverno: roupas térmicas, camadas quentes, touca, luvas e uma bota impermeável são essenciais. Levamos aqui do Brasil roupas térmicas que compramos da Decathlon, mas não achamos suficiente. Tivemos que comprar mais roupas por lá. O frio do inverno do leste europeu não é brincadeira.

  • Hospedagem: algumas cidades exigem ficar mais afastado do centro para economizar, então conte com o metrô. Porém, em todas elas ficamos (com exceção de Roma) ficamos em apartamentos ou airbnb. Foram opções muito viáveis para nós.

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